Separamos 10 dicas rápidas para a musicalização de bebês, seja individualmente ou em grupo. Este artigo refere-se à faixa etária de 0 a 3 anos, englobando bebês em várias etapas de desenvolvimento: de colo, já engatinhando, andando, não oralizados, oralizados, etc…
Para trabalhar com bebês em grupo, o ideal é que os bebês menores estejam acompanhados de monitoras do berçário, ou (ideal mas nem sempre possível) acompanhadas de seus pais ou responsáveis.
Lembre-se: utilize sempre atividades curtas, com músicas simples como “Borboletinha”, “Meu pintinho amarelinho”, etc. Em meu canal do youtube apresento várias músicas minhas voltadas para bebês. É possível também trabalhar idéias suas, composições próprias… já tentou? Duas dicas ao compor: importante que o vocabulário seja adequado à faixa etária proposta, e que os movimentos sugeridos respeitem a etapa de desenvolvimento de cada bebê. Ah, e não esqueça: tudo deve ser muito divertido e colorido!
INICIANDO A AULA
- Para começar, uma canção de acolhida – bom dia, boa tarde, como vai…? É importante a delimitação do tempo da aula, pois a rotina traz segurança aos bebês. As músicas de acolhida e despedida devem ser a mesmas por muitas aulas.
- Separe o material que será utilizado na aula, de forma a ficar em seu alcance porém fora do campo de visão dos bebês. Assim eles não se distrairão da aula. No nosso caso usamos uma mala, daquelas de contação de histórias, para guardar o material e só colocá-lo à vista dos bebês quando a hora surgir. Se você não tiver uma mala pode ser uma bolsa, um saco, ou simplesmente cobri-los com um poano.
- Preste atenção nas letras das músicas e as possibilidades de brincadeiras e movimentos que elas sugerem. Como a ação proposta no fim da música “A baleia”
- A baleia / é amiga da sereia Olha o que ela faz: / Tibum chuá
- Ou a ação proposta por “Meus dedinhos”: Meus dedinhos / onde estão? Eles se saúdam / e se vão . Essas canções que estimulam ações e movimentos são ideais para se trabalhar em dupla: pais e filhos (quando os primeiros também estiverem presentes) ou monitoras e crianças.
- Como dito no começo do texto, o ideal é que para cada bebê exista um responsável – pai, mãe, babá, auxiliar, etc – que participará ativamente da aula e ajudará nos movimentos solicitados, estimulando o bebê que pode estar em seu colo, ou no chão. Quando se trata de aulas particulares isso é possível – uma pessoa atendendo a cada bebê. Quando falamos em berçários de creches, essa realidade já não existe. Uma solução, então, é: ao invés de fazer atividades que atinjam o grupo todo de uma vez, vá fazendo a atividade um a um, em momentos bem curtinhos e, assim, você conseguirá atender todos os bebês uma ou mais vezes ao longo de cada música. Ou separe o grupo grande em grupos menores se você possuir auxiliares em sua sala, e cada auxiliar atenderá um grupo menor, reproduzindo os movimentos propostos.
O DESENVOLVIMENTO DA AULA
- Você pode usar fantoches e dedoches para representar os animais. Uma outra opção é fazer a representação gestual do que está sendo cantado. Algumas músicas – como “Pintinho Amarelinho” – já possuem esta representação. Caso a música não possua, você pode criar a sua própria e apresentá-la às crianças.
- Alterne as cantigas de roda com parlendas, que são versos ritmados sem melodia, como:
- Um, dois, feijão, com arroz / três, quatro, feijão no prato. Isso possibilita ao bebê um contato com a linguagem de forma bem lúdica.
- Uma opção de atividade: contação de histórias simples, com usos de recursos sonoros feitos com a boca, utilizando como personagens elementos que as crianças já conhecem, como animais, meios de transporte, etc. Sempre explorando ao máximo as sonoridades, utilizando o máximo de expressividade facial e vocal, em histórias curtas e dinâmicas.
- Utilize instrumentos de percussão ou teclas, como tambores, xilofones, teclados (mesmo que infantis), chocalhos, etc. Os instrumentos também podem ser feitos de material reciclado, sempre tomando o cuidado para que não haja o risco do bebê engolir alguma pequena peça ou grão que componha o instrumento. Essas atividades são ideais para se trabalhar a percepção do pulso musical.
- Alterne os andamentos das músicas tocadas, durante a mesma aula ou em aulas diferentes: uma hora mais lento, outra mais rápido…
PARA FINALIZAR
- Uma música de relaxamento para antecipar o fim da aula: esticar os pés, deitar, receber um carinho ou massagem. Este momento é importante para que o bebê possa retomar a sua rotina antes da animação da aula de música.
- Para terminar, uma canção de despedida, delimitando o tempo da aula, mas já deixando um gostinho de quero mais. Afinal, em breve tudo acontecerá novamente!
Assista um pequeno vídeo com dicas, parte de nosso curso online Atividades Musicais para Bebês:
Duas sugestões de músicas minhas, para as aulas com bebês:
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Fontes: Sou mae.org
estimulandomeusfilhos.blogspot.com.br
Imagens: Google