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4 curiosidades sobre a música infantil brasileira

1 – “A CASA” DE VINÍCIUS EXISTIU

Vinicius lançou a música “A Casa” em 1980. Quem não lembra? “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” Vinicius a compôs em homenagem à Casapueblo, um grande castelo à beira-mar que fica no Uruguai e foi construído pelas próprias mãos do artista Carlos Vilaró, a partir de 1958. No início era um pequeno quarto com latas, e a obra levou 30 anos para ficar pronta.

Cada vez que Vinícius visitava o local encontrava uma casa diferente, metade construída e metade em escombros. Vilaró conta que Vinícius cantou a música a primeira vez na própria casa, com uma letra um pouco diferente:

“Era uma casa muito engraçada, não tinha porta, não tinha nada. Era uma casa de pororó, era a casa de Vilaró”. A canção foi um presente para as duas filhas do artista uruguaio.

2 – “MULHER RENDEIRA” ERA UMA CANÇÃO DE GUERRA?

A música “Mulher Rendeira é cercada de lendas. Enquanto uns dizem que se trata de um antigo tema popular, outros afirmam que teria sido feita pelo próprio cangaceiro Lampião, inspirado na figura de sua avó, uma exímia da arte de fazer rendas.

A canção tornou-se praticamente um hino de guerra dos cangaceiros do bando de Lampião, tendo inclusive relatos de que o seu ataque à cidade de Mossoró em 1927 tenha sido feito com mais de 50 cangaceiros cantando a canção.

3- VILLA LOBOS E A MÚSICA INFANTIL

Boa parte das canções infantis que ainda são trabalhadas em sala de aula foi recolhida pelo Maestro Villa Lobos (1887 – 1959), em seu Guia Prático, publicado em 1938. Com 137 canções recolhidas de motivos populares, como “Carneirinho, carneirão”, “Pai Francisco”, “Capelinha de melão”, “Uma, duas angolinhas”, “O cravo brigou com a rosa” e “Nesta rua”, entre outras, a obra foi fundamental para a solidificação de um legado cultural que vinha sendo esquecido, e ainda hoje preserva-se em salas de aula por todo o Brasil.

4 – BRAGUINHA INVENTOU O MERCADO DE MÚSICA INFANTIL NO BRASIL?

Braguinha, também conhecido como João de Barro, é considerado o compositor com a  carreira mais longa no Brasil. Autor de marchinhas cantadas até hoje, como Chiquita Bacana, Touradas em Madrid e da letra de Carinhoso, de Pixinguinha, praticamente inventou o mercado de música infantil como conhecemos hoje. Na direção da gravadora Continental, vislumbrou um mercado até então inexplorado, quer era o de material desenvolvido exclusivamente para crianças. Criou então o selo Disquinho, que lançou várias adaptações suas para histórias tradicionais. A ideia surgiu depois do sucesso com “Branca de Neve”.  Não era a sua primeira experiência com a música infantil: ele participou da dublagem do primeiro desenho animado em longa-metragem; “Branca de Neve”, de Walt Disney. Depois, fez as versões brasileiras de “Pinóquio”, em 1940; “Dumbo”, em 1941 e “Bambi”, em 1942. O resultado agradou ao próprio Disney, o que rendeu ao compositor um relógio de ouro com uma dedicatória especial.

 

Fontes: Folha, Wikipedia, Jornal GGN

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